28 de Março de 2024

Negociação com a Bolívia garantirá gás de cozinha mais barato

Sábado, 31 de Agosto de 2019 - 06:53 | Redação

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Negociação com a Bolívia garantirá gás de cozinha mais barato

A concretização da compra do gás de cozinha diretamente da Bolívia pela Copagaz, uma das maiores distribuidoras de gás de botijão do Brasil, beneficiará diretamente a população de Mato Grosso do Sul com o barateamento dessa fonte de energia doméstica. O acordo de importação, anunciado pela empresa, é resultado das articulações feitas pelo governador Reinaldo Azambuja junto ao governo da Bolívia e a Petrobras.

“É um ganho extraordinário para o Estado, que terá um preço diferenciado na venda do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para o consumidor, favorecendo principalmente a classe de menor poder aquisitivo, e um incremento significativo na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”, afirmou o governador.

Para atingir a meta de importação direta do gás natural boliviano, o Governo de Mato Grosso do Sul iniciou negociações com a Bolívia há três anos, a partir da abertura do mercado de gás pelo governo brasileiro.

O governador Reinaldo Azambuja liderou as tratativas com o país vizinho, que culminaram, inicialmente, com a importação do gás para a termelétrica de Ladário e pelo grupo russo Acron, que comprou a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), de Três Lagoas. O acordo foi assinado em junho deste ano, em Santa Cruz de La Sierra.

Oportunidades de negócios

Em outra frente de negociações, o Governo do Estado, por meio da MS Gás (Companhia de Gás de MS) e Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), mediou as tratativas com a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos S/A (YPFB) para a compra direta do GLP pela Copagaz, garantindo o acesso da população a um produto mais barato, além de fomentar outras oportunidades de negócios para o setor.

“Para o governo de Mato Grosso do Sul é extremamente importante essa parceria com o governo boliviano, principalmente em função do gás natural, não só para a termelétrica e a UFN3 e  agora a Copagaz. Hoje a Bolívia é a principal fornecedora de gás natural para o Brasil e consequentemente de ICMS para o nosso Estado”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semagro, presente ao acordo assinado na Bolívia pelo governador Reinaldo Azambuja.

Com o mercado nacional atualmente dependente da Petrobras, a Copagaz  (Grupo Zahran) será a primeira empresa brasileira a importar o gás de cozinha. São 72 mil toneladas/ano, direcionadas principalmente para a região Centro-Oeste. O volume contratado com a YPFB equivale a 1% do consumo do país, porém representará cerca de 1/3 das vendas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e cerca de 12% das vendas da Copagaz.

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