20 de Abril de 2024

Raquel Dodge prorroga força-tarefa da Operação Lava Jato por mais um ano

Quinta-feira, 23 de Agosto de 2018 - 06:51 | Redação

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Raquel Dodge prorroga força-tarefa da Operação Lava Jato por mais um ano
Raquel Dodge prorroga força-tarefa da Operação Lava Jato por mais um ano

A Operação Lava Jato foi prorrogada por mais um ano, a partir de 9 de setembro, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A prorrogação, divulgada ontem (22) no Diário Oficial da União, ainda precisa ser referendada pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF).

Com a medida, a atual estrutura de 14 procuradores da Operação Lava Jato será mantida pelo menos por mais um ano no braço da procuradoria em Curitiba. A força-tarefa foi criada em 2014 pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na época, seis procuradores passaram a investigar os fatos iniciais apurados pela Lava Jato.

No início deste mês, o CSMPF decidiu ampliar a proposta inicial de orçamento do ano que vem para a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, de R$ 522,6 mil para R$ 1,65 milhão. Os recursos são destinados sobretudo ao custeio de gastos com diárias e passagens de procuradores e servidores.

Para chegar a esse valor, foram retirados recursos de outras áreas do Ministério Público Federal ( MPF ), sendo reduzidos o orçamento para concursos e o reajuste dos valores de diárias.

Até o início de agosta deste ano, segundo o Ministério Público Federal, foram abertos 2.476 mil procedimentos de investigação e realizadas 962 buscas e apreensões, 227 conduções coercitivas e 121 prisões temporárias.

Até o momento, são 204 condenações contra 134 pessoas, contabilizando 1.983 anos, 4 meses e 20 dias de pena. Os crimes já denunciados envolvem pagamento de propina de cerca de R$ 6,4 bilhões. R$ 12,3 bilhões são alvo de recuperação por acordos de colaboração premiada.

Relembre o início da Operação Lava Jato

A operação começou no dia 17 de março de 2014. Munidos de 81 mandados de busca e apreensão, 28 de prisão e 19 de condução coercitiva, os agentes da Polícia Federal chegaram à empresa Costa Global, ligada ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Outros alvos eram quatro doleiros: Nelma Kodama, Raul Srour, Alberto Youssef e Carlos Habib Chater.

A operação ficou com a 13ª Vara Federal Criminal do Paraná por causa dos crimes, lavagem de dinheiro, cometidos por Youssef em favor da empresa sediada em Londrina (PR), e pertencia ao ex-deputado federal José Janene (PP-SP), morto em 2010. Antes de ser preso pela Lava Jato em 2013, o doleiro esteve envolvido no esquema de corrupção que acontecera há dez anos atrás, o chamado Caso Banestado, banco estatal do Paraná.

O reaparecimento de Youssef na mira dos investigadores ocorreu em função das descobertas dos investigadores ao iniciarem o monitoramento de conversas telefônicas do doleiro Carlos Habib Chater, dono de vários negócios em Brasília, entre eles um posto de gasolina localizado no centro da cidade, onde funcionava uma casa de câmbio, uma lavanderia e loja de conveniência.

Com as fases de investigação, a polícia descobriu a ligação do doleiro com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o esquema montado na Petrobras. Foi revelado que diretores recebiam propina para fraudar licitações e superfaturar obras em benefício de cartel de empreiteiras, além encaminhar recursos ilícitos a agentes políticos e partidos.

As investigações da Operação Lava Jato mostraram que os desvios estavam ocorrendo em outras estatais, como Eletronuclear, Ministério do Planejamento e Caixa Econômica Federal, e em obras como a Ferrovia Norte-Sul, em Goiás, e a construção da Usina de Belo Monte, no Pará.

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