17 de Maio de 2024

Justiça de SC aceita denúncia sobre célula neonazista e seis viram réus

Terça-feira, 20 de Dezembro de 2022 - 06:30 | Redação

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Justiça de SC aceita denúncia sobre célula neonazista e seis viram réus

Seis suspeitos de integrarem uma célula nazista em Santa Catarina que respondem por crimes de racismo e disseminação de ódio com uso de armas de fogo foram condenados réus pela Justiça de Santa Catarina.

De acordo com a denúncia, o grupo agia em São Miguel do Oeste, Joinville, Florianópolis e São José. Os suspeitos respondem pelos crimes de racismo e disseminação do ódio com uso de armas de fogo.

A denúncia foi aceita no sábado (17), quando a Justiça também converteu as prisões temporárias em preventivas.

A Polícia Civil chegou até a célula nazista depois de prender um dos réus em flagrante por tráfico de drogas na cidade de São Miguel do Oeste.

Segundo as investigações, o grupo fez uma reunião em um sítio no município de Biguaçu. No local realizaram uma série de discursos de ódio contra judeus, pronunciamentos em língua alemã e idolatrando Adolf Hitler, utilizando a bandeira com emblema da cruz suástica, cercados de misticismo nazista e realizações de rituais e até treinamentos paramilitares com porte ilegal de armas. O grupo registrava tudo em fotos, vídeos e conversas em aplicativos de mensagens.

De acordo com a denúncia do Ministério Público "os vídeos e imagens reunidos mostram que todos os envolvidos estavam neste sítio prestando apoio àquelas condutas, estando vinculados subjetivamente na prática da discriminação, desrespeito e preconceito à religião judaica".

As investigações comprovaram, ainda, que este encontro foi marcado e divulgado na internet com a intenção de divulgação ao nazismo.

Na casa de um dos acusados foram encontrados grande quantidade de material de cunho racista, além de conteúdos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes.

A investigação apreendeu apreendidos celulares, notebooks, facas, roupas com símbolos nazistas, capacetes modelo da segunda guerra mundial, apostilas e livros sobre o tema, munições e armas de fogo.

A prisão preventiva dos réus foi estabelecida desde o dia 20 de outubro. A denúncia foi apresentada pela 40ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital.

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