Braga Netto tem sigilos telefônico e bancário quebrados
Terça-feira, 12 de Setembro de 2023 - 05:43 | Redação
O general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro, teve os sigilos telefônico, bancário e telemático quebrados em uma operação da Polícia Federal que apura licitações durante o período de intervenção do Rio de Janeiro, em 2018.
O general foi nomeado interventor pelo ex-presidente Michel Temer. Outros participantes do Gabinete de Intervenção Federal no RJ (GIFRJ) e empresários são investigados. A PF acredita que os valores irregulares podem chegar a R$ 4,6 milhões.
Os agentes cumprem 16 mandados no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e São Paulo e no Distrito Federal. O general Braga Netto não é alvo de buscas. A PF apura a compra de 9.360 coletes balísticos da empresa americana CTU Security LLC.
Confira os mandados cumpridos nesta terça:
- 1 em Minas Gerais;
- 2 no Distrito Federal;
- 3 em São Paulo; e
- 10 no Rio de Janeiro.
O nome dos alvos da ação de hoje não foram divulgados. Segundo a Record TV, são um general, três coronéis e empresários.
As investigações começaram após cooperação internacional com a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations — HSI), dos Estados Unidos.
Com essas informações, o Tribunal de Contas da União (TCU) encaminhou os processos referentes à contratação dos coletes pelo GIFRJ e mostrou indícios de conluio entre as empresas, que teriam conhecimento prévio da intenção de compra das peças.
Além dessa contratação, a Operação Perfídia investiga duas empresas brasileiras que atuam no comércio de proteção balística e formam um suposto cartel desse mercado no Brasil. Essas empresas, cujos nomes não foram divulgados, possuem milhões em contratos públicos.