20 de Maio de 2024

Braga Netto tem sigilos telefônico e bancário quebrados

Terça-feira, 12 de Setembro de 2023 - 05:43 | Redação

imagem
Braga Netto tem sigilos telefônico e bancário quebrados

O general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro, teve os sigilos telefônico, bancário e telemático quebrados em uma operação da Polícia Federal que apura licitações durante o período de intervenção do Rio de Janeiro, em 2018.

O general foi nomeado interventor pelo ex-presidente Michel Temer. Outros participantes do Gabinete de Intervenção Federal no RJ (GIFRJ) e empresários são investigados. A PF acredita que os valores irregulares podem chegar a R$ 4,6 milhões.

Braga Netto tem sigilos telefônico e bancário quebrados

Os agentes cumprem 16 mandados no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e São Paulo e no Distrito Federal. O general Braga Netto não é alvo de buscas. A PF apura a compra de 9.360 coletes balísticos da empresa americana CTU Security LLC.

Confira os mandados cumpridos nesta terça:

  • 1 em Minas Gerais;
  • 2 no Distrito Federal;
  • 3  em São Paulo; e
  • 10 no Rio de Janeiro.
De acordo com um ex-integrante do GIFRJ, os coletes não foram recebidos, e o próprio gabinete teria cancelado a licitação após encontrar irregularidades no processo. 

O nome dos alvos da ação de hoje não foram divulgados. Segundo a Record TV, são um general, três coronéis e empresários.

As investigações

As investigações começaram após cooperação internacional com a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations — HSI), dos Estados Unidos.

Autoridades investigavam a morte do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021. As apurações mostraram que a empresa CTU Security LLC ficou responsável pelo fornecimento de logística militar para executar Moises e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano.

Com essas informações, o Tribunal de Contas da União (TCU) encaminhou os processos referentes à contratação dos coletes pelo GIFRJ e mostrou indícios de conluio entre as empresas, que teriam conhecimento prévio da intenção de compra das peças.

Além dessa contratação, a Operação Perfídia investiga duas empresas brasileiras que atuam no comércio de proteção balística e formam um suposto cartel desse mercado no Brasil. Essas empresas, cujos nomes não foram divulgados, possuem milhões em contratos públicos.

SIGA-NOS NO Jornal VoxMS no Google News

VoxMS - Notícia de Verdade