13 de Maio de 2024

Desvio de recursos da obra do aquário do Pantanal foi comprovado

Quinta-feira, 11 de Maio de 2017 - 08:52 | Redação

imagem O ex-governador André Puccinelli está proibido de deixar a cidade e ainda terá seus passos monitorados por meio do uso de tornozeleira eletrônica.  A Justiça estabeleceu ainda o pagamento de fiança no valor de R$ 1 milhão, montante ao qual ele não teria acesso em função de os seus bens e dinheiro depositado em bancos estarem sob bloqueio judicial, segundo informou o advogado Renê Siufi. Até o desvio de recursos da obra do Aquário do Pantanal foi comprovado durante as investigações. Desvio de recursos da obra do aquário do Pantanal foi comprovado O uso de tornozeleira foi determinado pela Justiça como alternativa ao pedido de prisão preventiva feito pela polícia. A Justiça deu prazo de dois dias para o pagamento, mas não definiu qual será o caminho a ser tomado caso isso não ocorra. Uma das alternativas é a transformação da medida cautelar em prisão. Foram presos André Cance, ex-secretário-adjunto de Fazenda, o dono da gráfica Alvorada, Micherd Jafar Junior; e o ex-coordenador de licitações da Semad (Secretaria Municipal de Administração), Mauro Cavalli – o cargo foi ocupado quando Puccinelli ainda era prefeito de Campo Grande. Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje na sede do Departamento de Polícia Federal, o delegado Claeo Mazzotti afirmou que o ex-governador viabilizava recursos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que depois eram desviados. “Entendemos que ele sabia da propina e, quanto ao direcionamento, não era diretamente para ele, mas a pessoas e empresas, sendo ele um dos principais gerenciadores na obtenção dessa propina”, afirmou o delegado. Além das prisões, há nove mandados de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. No interior, mandados foram cumpridos na sede da Eldorado Brasil em Três Lagoas e também nas cidades de Porto Murtinho e Nioaque. Policiais também vasculharam empresas em São Paulo e Curitiba. Aquário do Pantanal – O delegado informou ainda que a investigação comprovou a “má gestão” nas obras do Aquário do Pantanal. O prejuízo chegaria a R$ 2 milhões em função de pagamento por serviços não executados e superfaturamento. A construção estava orçada inicialmente em R$ 84 milhões, mas acabou superfaturada com itens que não estavam previstos no projeto original, o que elevou o custo para mais de 200 milhões de reais.. Do total da obra do Aquário, cerca de 65% são de itens não licitados, sem concorrência, com pagamento de itens que não constavam no projeto original.  

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