16 de Abril de 2024

Delação da OAS volta a expor classe política por corrupção

Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2019 - 12:29 | Redação

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Delação da OAS volta a expor classe política por corrupção

Uma nova delação de funcionários da empreiteira OAS promete complicar a vida de políticos importantes do cenário nacional. As informações são do jornal O Globo, que teve acesso aos depoimentos que eram mantidos em sigilo, mas homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março de2018.

Caíram na delação nomes como o ex-governadores José Serra (PSDB), Aécio Neves (PSDB), Fernando Pimentel (PT), Sérgio Cabral (MDB) e Jaques Wagner (PT), o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, o ex-presidente da casa Eduardo Cunha, o ex-ministro Edison Lobão (MDB-MA), o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo o documento, foram R$ 125 milhões em propinas e repasses de caixa dois para políticos entre os anos de 2010 e 2014. Foram 217 depoimentos de oito ex-funcionários do "Controladoria de Projetos Estruturados", departamento clandestino da OAS.

Os delatores revelaram, além dos nomes dos políticos envolvidos, os detalhes do esquema de corrupção. Ao resumir o conteúdo dos depoimentos, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu providências ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato.

Algumas das obras superfaturadas seriam estádios utilizados na Copa do Mundo de 2014, além da transposição do Rio São Francisco e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. A operação seria comandada por José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. O doleiro Alberto Youssef era um dos responsáveis por lavar o dinheiro dos esquemas.

"Nestes autos, há narrativa de diversos fatos que podem constituir infrações penais, dentre eles o pagamento de vantagens indevidas a parlamentares federais. Para facilitar a análise dos documentos coligidos e a definição de competência do Supremo Tribunal Federal ou de outros órgãos da jurisdição, segue o resumo de cada termo de declaração e da providência ora solicitada", escreveu Raquel Dodge. O conteúdo das delações poderá ser endossado e até aumentado nos próximos meses.

Saiba quais são os políticos citados:

Aécio Neves (PSDB-MG), Edison Lobão (MDB-MA), Eduardo Cunha (MDB-RJ), Eduardo Paes (DEM-RJ), Eunício Oliveira (MDB-CE), Fernando Pimentel (PT-MG), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Geddel Vieira Lima, Índio da Costa (PSD-RJ), Jacques Wagner (PT-BA), Sérgio Gabrielli, José Serra (PSDB-SP), Lindbergh Farias (PT-RJ), Marco Maia (PT-RS), Marcelo Nilo (PSB-BA), Nelson Pellegrino (PT-BA), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Rosalba Ciarlini (PP-RN), Sérgio Cabral (MDB-RJ), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Vital do Rêgo.

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