14 de Maio de 2024

Nasa divulga registro inédito feito pelo telescópio James Webb

Sexta-feira, 08 de Julho de 2022 - 10:30 | Redação

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Nasa divulga registro inédito feito pelo telescópio James Webb

A Nasa revelou nesta sexta-feira quais serão os objetos cósmicos fotografados nas primeiras imagens a cores produzidas pelo telescópio espacial James Webb que serão divulgadas em 12 de julho.

O evento da semana que vem marcará o lançamento oficial das operações do telescópio, fruto de uma parceria com as agências espaciais da Europa e do Canadá para investigar os primórdios do Universo.

Nasa divulga registro inédito feito pelo telescópio James Webb
Junto com as imagens, também serão publicados os primeiros dados espectroscópicos, em uma espécie de "aperitivo" sobre como o James Webb poderá mudar nossa visão sobre a história do cosmo.
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A lista de objetos dessa primeira leva de imagens inclui as nebulosas de Carina e NGC 3132. A primeira é uma das maiores e mais brilhantes nebulosas (nuvens de poeira e gás onde surgem as estrelas) do céu noturno e fica a 7,6 mil anos luz da Terra.

Já a segunda, situada a 2 mil anos-luz de distância, é uma nebulosa planetária, ou seja, uma enorme nuvem de gás que circunda uma estrela em seu fim de vida.

Outro alvo do James Webb é o exoplaneta Wasp-96b, um gigante gasoso localizado a 1,15 mil anos-luz da Terra, com cerca de metade da massa de Júpiter, o maior planeta do sistema solar.

Também serão observados um aglomerado de galáxias e o chamado "Quinteto de Stephan", um grupo visual de cinco galáxias na constelação de Pegasus. Esse objeto fica a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância e é o primeiro grupo compacto de galáxias descoberto, em 1877.

Nasa divulga registro inédito feito pelo telescópio James Webb

O James Webb foi lançado ao Espaço pelo foguete Ariane 5, em 25 de dezembro, e aos poucos foi se desdobrando para atingir sua configuração final.

Atualmente, ele se encontra no ponto conhecido como Lagrange 2 (L2), onde a influência gravitacional do Sol e da Terra se anulam, permitindo que o equipamento permaneça no local com um gasto mínimo de combustível.

Ao contrário do veterano Hubble, que capta sobretudo a luz visível, o James Webb observa em infravermelho, o que lhe permitirá estudar fenômenos mais distantes no tempo, como o surgimento das primeiras galáxias.

Enquanto o Hubble, por exemplo, consegue observar eventos ocorridos há 13,2 bilhões de anos, o James Webb poderá chegar 13,5 bilhões de anos atrás - estima-se que o Big Bang tenha ocorrido há 13,7 bilhões de anos.

Como o Universo está em expansão, as ondas de luz visível emitidas naquela era primordial são "esticadas" em seu caminho até nós, deslocando-se até a faixa do infravermelho, que é invisível para o olho humano.

Além disso, o telescópio conseguirá ver através das nebulosas, nuvens de gás onde surgem as estrelas, e estudar a atmosfera de exoplanetas em busca de possíveis marcadores biológicos da presença de vida.

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