29 de Março de 2024

Após gastar R$ 800 mil em cloroquina, Marquinhos Trad agora cobra leitos de UTI

Quarta-feira, 10 de Março de 2021 - 13:04 | Redação

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Após gastar R$ 800 mil em cloroquina, Marquinhos Trad agora cobra leitos de UTI

Após gastar mais de R$ 800 mil em cloroquina, Marquinhos Trad agora decidiu cobrar do governo do Estado a criação de mais leitos de UTI para atender o grande volume de pacientes com a Covid-19 e em estado grave em Campo Grande. Ao invés de desperdiçar dinheiro do contribuinte com a compra de medicamentos inócuos para o novo coronavírus, o prefeito talvez estivesse hoje – na pior fase da pandemia – contribuindo para minimizar a dor das centenas de pessoas enlutadas por causa da morte de familiares e amigos.

Após gastar R$ 800 mil em cloroquina, Marquinhos Trad agora cobra leitos de UTI

O comportamento errático do prefeito diante da crise não é novo. Desde o ano passado ele demonstra não ser capaz de administrar os problemas, optando por anunciar medidas eleitoreiras, como a compra de cloroquina para fidelizar o voto de bolsonaristas, e até messiânicos, como as lives recheadas de orações, além de bobagens como incentivar as pessoas a jogar “stop” e “par ou ímpar” em suas casas para que o tempo passe mais rápido. Agora, ele anunciou que não irá cumprir na integralidade decreto do Governo do estado publicado hoje.

Cobrança de mais leitos

De acordo com a norma, Mato Grosso do Sul passa a ter toque de recolher das 20h às 5h, de segunda a sexta-feira, a partir de domingo (14) nos 79 municípios. A circulação de pessoas e veículos nesse horário - salvo em razão de trabalho, emergência médica ou urgência inadiável - fica proibida.

Em entrevista ao Campo Grande News, Marquinhos Trad criticou a decisão do Governo. “O Estado deveria se preocupar em abrir novos leitos e não diminuir uma ou duas horas. A preocupação do Estado deveria ser evitar o envio de paciente para Campo Grande”, queixou-se.

Ele frisou que dos 300 leitos de UTI na Capital, 100 estão ocupados por pacientes do interior. Nada de anormal essa situação, já que se trata da Capital, onde historicamente a oferta de leitos é maior do que os demais municípios por conta da rede hospitalar melhor estruturada.

Além disso, não é possível categorizar pacientes por origem domiciliar e muito menos ignorar que por conta da municipalização e gestão plena, a responsabilidade de abrir novos leitos também é do prefeito.

Equivocado

Marquinhos Trad disse que “nada muda em Campo Grande até domingo” e que eventual mudança só vai acontecer a partir de segunda-feira, o que significa que o toque de recolher na Capital segue sendo das 23h às 5h. A medida decorre de compromisso feito com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Adelaido Vila, que inclusive declarou apoio à reeleição do prefeito em programa eleitoral no ano passado. Clique aqui e assista.

No final da tarde de ontem, mais uma vez Marquinhos voltou atrás e anunciou ter optado por seguir o Governo do Estado e decretar o toque de recolher das 20h às 5h já a partir do próximo domingo, 14.

Pelo fato da interpretação de que a regra é apenas "uma recomendação", conforme disse Marquinhos Trad,  a CDL anunciou que irá à Justiça para não cumprir o novo horário definido para o toque de recolher. Todas as ações ajuizadas nesse sentido até agora não prosperaram no Judiciário em Mato Grosso do Sul.

Diante do comportamento do prefeito, resta aos campo-grandenses uma única alternativa entre as tantas outras bobagens sugeridas por ele: rezar. O barco está sem o timoneiro e à deriva.

(*) Matéria editada para acréscimo de informações

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