19 de Abril de 2024

Santa Casa novamente sob risco de colapso financeiro

Sexta-feira, 29 de Julho de 2022 - 04:55 | Redação

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Santa Casa novamente sob risco de colapso financeiro

A prefeita Adriane Lopes continua enfrentando problemas por conta do caos financeiro herdado do ex-prefeito Marquinhos Trad. E mais uma vez é na já combalida área da Saúde do município o foco de preocupação, já que a diretoria da Santa Casa de Campo Grande anunciou risco de o atendimento aos pacientes ser prejudicado em função de nova crise de desbastecimento, gerada pelo desequilíbrio econômico e financeiro do contrato que a instituição tem com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Santa Casa novamente sob risco de colapso financeiro

Por conta dessa nova crise, assim como aconteceu no caso do transporte coletivo, que só não entrou em colapso após a entrada em cena do governo do Estado, mais uma vez a prefeita Adriane Lopes está em busca do socorro do governador Reinaldo Azambuja. Apesar de a prefeitura ter gestão plena dos recursos e da estrutura da saúde, é dos cofres do governo estadual que deverá sair dinheiro novo para atender a Santa Casa.

Em nota distribuída à imprensa na tarde de ontem Heiotor Freire, presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora do hospital, fez o alerta à população sobre a gravidade da situação e do risco para a continuidade da assistência adequada e segura aos pacientes por conta do desabastecimento.

A falta de insumos, segundo a direção do hospital, é decorrente do desequilíbrio econômico-financeiro do contrato mensal com a Sesau, que desde 2019 "não teve a devida adequação entre a receita e custos". Na quarta-feira passada, ocorreu reunião envolvendo a direção da ABCG, membros do Ministério Público Estadual, da Secretaria Estadual de Saúde e da Sesau. No entanto, não houve acordo com relação à liberação de recursos à prefeitura.

Herança maldita

Marquinhos Trad deixou de investir mais de R$ 880 milhões na Saúde desde o início de seu primeiro mandato, em 2015. Os dados constam do histórico dos últimos 7 anos da Lei Orçamentária Anual do município e têm como parâmetro a exigência constitucional de investimento mínimo de 15% do orçamento no setor. O Ministério da Fazenda poderá impor sanções ao município em função desse desarranjo.

A Constituição estabelece no artigo 7º que os municípios e o Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% da arrecadação dos impostos. Analisando os dados constantes da Lei Orçamentária Anual (LOA), é possível verificar que ao longo dos últimos 7 anos o ex-prefeito Marquinhos Trad deixou de aplicar R$ 880 milhões na Saúde.

Esse descaso, aliado à falta de uma política efetiva para o setor, acaba por justificar o porque de a Saúde pública em Campo Grande ser uma das piores em nível regional.

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