29 de Março de 2024

Bolsonaro diz que ficar em casa na pandemia é "para os fracos"

Sábado, 19 de Setembro de 2020 - 05:17 | Redação

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Bolsonaro diz que ficar em casa na pandemia é para os fracos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse em visita ao norte no Mato Grosso ontem que ficar em casa em meio à pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é "conversinha mole" e é "para os fracos".

Em uma agenda que estava cumprindo no estado, Bolsonaro parabenizou os produtores agrícolas que não pararam de trabalhar durante a pandemia e "não entraram na conversinha mole de ficar em casa".

"Vocês não pararam durante a pandemia. Vocês não entraram na conversinha mole de 'fica em casa'. Isso é para os fracos", afirmou o presidente a uma plateia de produtores rurais e apoiadores na cidade de Sorriso.

O presidente também participou da entrega simbólica de títulos de propriedades rurais a agricultores familiares da região no aeroporto Adolino Bedin, que fica na mesma cidade. Ele foi recepcionado aos gritos de "mito".

Antes dessa cerimônia, Bolsonaro fez parada em uma inauguração simbólica de uma fábrica de etanol de milho, que funciona há mais de um ano no município vizinho de Sinop.

O local estava cheio de apoiadores do presidente envoltos na bandeira brasileira no que foi considerada uma homenagem do setor ruralista chefe do Executivo.

Desde o início da pandemia da covid-19 Bolsonaro tem dado declarações que colocam em descrédito as recomendações de autoridades de sanitárias sobre a necessidade do distanciamento social e promovido uma série de aglomerações nas quais ele vai sem máscara e cumprimenta as pessoas presentes, pegando inclusive crianças no colo.

Bolsonaro diz que ficar em casa na pandemia é "para os fracos"

Em julho, o presidente foi diagnostico com a covid-19 e divulgou que várias vezes que estava fazendo tratamento com a hidroxicloroquina, medicamento que não sua eficácia comprovada contra a doença. Ele permaneceu em casa durante o tratamento.

Por conta desse comportamento de minimização da gravidade da pandemia, dois ministros da Saúde acabaram sendo demitidos. Foram eles Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, sendo que o segundo ficou apenas um mês no comando da pasta.

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