Coronavírus: pesquisa de cientistas de MS terá potencial antiviral analisado
Segunda-feira, 06 de Abril de 2020 - 05:55 | Redação
Pesquisadores de Mato Grosso do Sul vinculados ao Laboratório Sinova Biotec, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), estão trabalhando em parceria com a Universidade da Pensilvânia (EUA) em estudos para a produção de medicamentos que possam tratar o novo conoravírus.
A ação coordenada pelo pesquisador doutor em bioquímica Octávio Luiz Franco, tem como objetivo enviar amostras de proteínas sintéticas produzidas a partir de informações do genoma de vespas, jararacas e cascavéis que apresentaram atividades antivirais em estudos anteriormente realizados.
“Essas proteínas já vinham sendo estudadas há alguns anos para a produção de novos antibióticos. Com sua comprovada atividade antiviral, nosso grupo de pesquisa compartilhou o resultado com grupos de mais de 26 países e agora as amostras seguem para análise na Pensilvânia”, afirmou o pesquisador.
Octávio Franco é o pesquisador coordenador do primeiro Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia a ser implantado em Mato Grosso do Sul, que recebeu investimento de R$ 7 milhões do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Fundect, CNPQ, Capes e UCDB.
O INCT tem como um dos objetivos principais o trabalho com moléculas bioinspiradas (moléculas sintéticas feitas a partir de conhecimentos da natureza) para desenvolvimento de antibióticos para a produção animal, atuando na diminuição de infecções de animais, aumentando assim a produção.
“Em Mato Grosso do Sul, o INCT se destaca como um forte investimento na Ciência e Tecnologia, porém cientistas e pesquisadores ainda carecem de muitos recursos Brasil afora, trabalham de forma praticamente heroica. É preciso que cada vez mais governos e sociedade encarem a ciência e a pesquisa como essenciais”, conclui Octávio.