26 de Abril de 2024

Ex-governador do Paraná é preso novamente pela PF

Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2019 - 07:05 | Redação

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Ex-governador do Paraná é preso novamente pela PF

O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), foi preso na manhã de hoje por determinação da Justiça Federal. Ele  foi detido em sua, em Curitiba, por volta das 7h. A prisão foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, após pedido do Ministério Público Federal (MPF). Esta é a segunda vez que  Beto Richa  é detido.

O decreto faz parte da Operação Integração (uma das fases da Lava Jato) que investigou a concessão de rodovias federais no Paraná, que fazem parte do chamado Anel da Integração. Richa é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Dirceu Pupo Ferreira, contador da ex-primeira dama Fernanda Richa, também foi preso nesta sexta-feira. Os dois foram levados para a Superintendência da Polícia Federal (PF) na capital paranaense.

Segundo o MPF do Paraná, Richa conseguiu pelo menos R$ 2,7 milhões em propinas pagas pelas concessionárias de pedágio do Estado e por outras empresas que mantinham interesses no governo.  Desse total, parte da quantia foi lavada em nome da esposa do tucano e de seus filhos e outra parte com Pupo Ferreira através da compra de imóveis.

Em setembro, a segunda fase da Operação Integração já havia prendido o irmão do ex-governador, Pepe Richa, que é ex-secretário de Infraestrutura do Paraná, e o empresário Luiz Abi Antoun, primo de Beto Richa.

No dia 11 de setembro de 2018, Richa foi detido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Curitiba. Na época, a esposa dele, Fernanda Richa, também foi presa, ambos no prédio onde moram na capital.

Na data, o tucano era investigado por duas operações: uma realizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), sobre o programa Patrulha Rural, na qual foi preso, e outra da Polícia Federal (PF), em uma etapa da Lava Jato, em que foi alvo de busca e apreensão.

A Rádio Patrulha investiga irregularidades em contratos para manutenção de estradas rurais no âmbito do programa Patrulha do Campo. Outras 12 pessoas foram detidas naquele dia.

Em 14 de setembro, porém, Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus para Beto Richa.  Na época, o tucano concorria ao Senado nas eleições de 2018, e a a corregedoria do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) abriu uma reclamação disciplinar para analisar se a decisão foi uma tentativa de influenciar o calendário político.

"Pelo que estava olhando no caso do Richa, é um episódio de 2011. Vejam vocês que fundamentaram a prisão preventiva a uns dias da eleição, alguma coisa que suscita muita dúvida", disse o ministro.

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