25 de Abril de 2024

Filho de ministro do TCU é alvo da Lava Jato

Quarta-feira, 23 de Agosto de 2017 - 06:08 | Redação

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Filho de ministro do TCU é alvo da Lava Jato

Filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), o advogado Tiago Cedraz é um dos alvos da 45ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada, na manhã de hoje no Distrito Federal, na Bahia e em São Paulo.

Batizada de Abate II, a operação é um desdobramento da 44ª etapa, que prendeu, há cinco dias, o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, líder dos governos Lula e Dilma. Nessa fase, ao todo, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Um deles, de busca tem como alvo Tiago Cedraz . Os mandados são cumpridos em Brasília, em Cotia e em Salvador.

De acordo com a Rede Globo , há uma intimação para que o filho do ministro do TCU compareça imediatamente à superintendência regional da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento.

Ele foi citado no depoimento do lobista Jorge Luz, que está preso em Curitiba, como beneficiário de uma propina no valor de 20 mil dólares e intermediador de conversas entre a empresa Sargeant Marine e a Petrobras.

De acordo com a PF, a atual fase investiga a participação de dois advogados nas reuniões em que o pagamento de propina foi planejado. O filho do ministro do TCU é um desses advogados.

Os dois teriam recebido, segundo a PF, comissões pela contratação de uma empresa americana pela estatal, mediante pagamentos em contas mantidas na Suíça em nome de off-shore.

Abate I e Abate II - Vaccarezza , que foi preso há cinco dia, já está solto. Ele foi líder do PT na Câmara dos Deputados durante os governos do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma. Em 2016, ele anunciou seu desligamento do partido e se filiou ao PT do B. A Operação Abate tem esse nome por conta do sobrenome do deputado.

Tiago Cedraz, por sua vez, não é nome novo na Lava Jato. Em julho de 2015 ele já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão em seu escritório, por conta de outra fase da Operação. Segundo as investigações, os pagamentos feitos ao filho do ministro do TCU ocorriam para que ele repassasse informações privilegiadas e antecipadas sobre investigações e julgamentos no tribunal.

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