19 de Abril de 2024

Rio de Janeiro inaugura memorial às vítimas do holocausto

Domingo, 13 de Dezembro de 2020 - 11:53 | Redação

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Rio de Janeiro inaugura memorial às vítimas do holocausto

A cidade do Rio de Janeiro ganhou um memorial às vítimas do holocausto. A inauguração do espaço, construído no Morro do Pasmado, em Botafogo, com vista para a Baía de Guanabara, aconteceu neste domingo.

O evento reuniu autoridades de governo e representantes da comunidade judaica. Nos discursos, foram lembrados os mais de 6 milhões de judeus mortos sob o regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.

Rio de Janeiro inaugura memorial às vítimas do holocausto

O secretário especial de Comunicação Social do governo, Fábio Wajngarten, representou o presidente Jair Bolsonaro. Ele lembrou de seus antepassados judeus, que foram aprisionados pelos nazistas.

“Não podemos esquecer as atrocidades do holocausto, neto que sou de sobreviventes do holocausto. A minha avó tinha número tatuado no braço. O que a minha avó contou, eu nunca vou esquecer. Com muita felicidade, participo do governo mais amigo do Estado de Israel”, declarou Wajngarten.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, também compareceu à solenidade. Ele destacou que não se pode ficar indiferente à dor do próximo, citando o escritor Elie Wiesel, sobrevivente do holocausto e ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

“O maior perigo da humanidade é a indiferença. Tudo isso ocorreu por força da indiferença. E não relembrar o holocausto significa matar essas pessoas novamente. Esta obra representa uma memória, para que nós não padeçamos desse vício da indiferença. E, pelo contrário, continuemos a manifestar a nossa indignação”, disse Fux.

O governador do Rio, Cláudio Castro, defendeu a tolerância e o respeito entre todos, independentemente das crenças religiosas de cada um. “A sociedade está carente de mais amor. A gente vive, no mundo inteiro, essa questão da polarização. E ela traz o ódio. Isso já levou a sociedade a atos terríveis como o holocausto. Este espaço mostra que a gente tem que olhar para trás e aprender a caminhar novamente no sentido da tolerância e da paz, mesmo discordando”, disse Castro.

O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Avraham Shelley, disse que memoriais ao holocausto são necessários para que as novas gerações não esqueçam dos crimes que ocorreram no passado.

“A importância desta obra é para que as pessoas no Brasil e no mundo não esqueçam a tragédia desse momento obscuro que aconteceu na Alemanha nazista, quando foram mortos 6 milhões de judeus. Quando o tempo passa, as pessoas esquecem. As crianças quase já não sabem nada disso. Mas este memorial vai lembrar uma coisa: holocausto nunca mais”, afirmou Shelley.

O futuro museu oferecerá, a partir de 2021, programação educacional aos alunos das redes pública e privada. O espaço também receberá exposições nacionais e internacionais com temas que dizem respeito à defesa dos direitos humanos, à tolerância e ao humanismo. Ele funcionará em cooperação com outras grandes instituições do gênero, como os memoriais de Jerusalém, Washington e a Casa Anne Frank, em Amsterdã.

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