20 de Abril de 2024

Economista de Bolsonaro fala em criar imposto federal único

Quarta-feira, 19 de Setembro de 2018 - 12:48 | Redação

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Economista de Bolsonaro fala em criar imposto federal único
O economista Paulo Guedes, principal conselheiro econômico de Jair Bolsonaro nas eleições 2018, afirmou nesta quarta-feira, 19, que o compromisso do programa de governo do candidato é com a simplificação, a redução e eliminação de impostos. "O nosso projeto é liberal. Quem disse que nós queremos aumentar impostos?". Em entrevista exclusiva ao site BR18, Guedes disse que os estudos de uma reforma tributária, feitos pelo grupo de economistas que trabalha com ele na campanha, preveem a substituição de todos os impostos federais não compartilhados com Estados e municípios por um único imposto, em linha com o projeto lançado pelo economista e ex-deputado federal Marcos Cintra, em 1990. Segundo Guedes, o novo imposto incidiria sobre as transações financeiras, com base de incidência semelhante à antiga CPMF. A Folha de S.Paulo publicou parte do plano de Guedes na edição desta quarta. Ao BR18, o economista disse quea equipe econômica de Bolsonaro ainda está avaliando os efeitos que a incidência em cascata do novo imposto pode provocar na economia, suas vantagens e desvantagens, antes de bater o martelo na proposta, que ainda não foi aprovada pelo candidato. A alíquota do novo imposto, caso Bolsonaro vença as eleições, também não foi definida ainda. Mas Guedes calcula que ela poderá ficar entre 0,40% e 0,50% sobre cada transação financeira. A ideia, afirmou, é tornar os impostos progressivos e socialmente mais justos, para que os mais ricos paguem mais, e não regressivos, como são hoje, deixando a conta mais salgada para os mais pobres. Guedes negou que pretenda criar uma única alíquota de imposto de renda, de 20%, para as empresas e para as pessoas físicas. Ele disse que o plano, na verdade, é reduzir para 20% as duas alíquotas maiores do IR de pessoa física, de 27,5% e de 22,5%, e aumentar para os mesmos 20% o IR de quem recebe como pessoa jurídica, hoje de 17,5%, para desestimular a chamada "pejotização", mencionada por Bolsonaro numa sabatina da GloboNews. Pela mesma lógica, seria criada também a tributação sobre dividendos, hoje isentos, também na base de 20%. Guedes afirmou, porém, que a tributação dos dividendos não representaria um aumento de carga tributária para as empresas, que hoje pagam 34% de imposto de renda. A proposta é reduzir os 34% para 15%, para compensar a tributação de 20% sobre os dividendos. Proposta para Previdência segue mesma linha, afirma economista Em relação à Previdência, a proposta, segundo ele, é semelhante, na linha da simplificação. O plano é substituir os diversos tributos previdenciários existentes hoje (PIS, Finsocial, contribuições), por um único encargo. Neste caso, de acordo com ele, a alíquota poder ficar entre 0,30% e 0,40%. "O sistema atual destrói milhões de empregos e impede a criação de novos postos de trabalho", disse. Terra

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