19 de Maio de 2024

Presidente da França pede moderação a Israel após morte do número dois do Hamas

Quarta-feira, 03 de Janeiro de 2024 - 16:00 | Redação

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Presidente da França pede moderação a Israel após morte do número dois do Hamas
O presidente da França, Emmanuel Macron e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Reuters).

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta quarta-feira (3) que Israel tenha moderação e expressou preocupação com a escalada da violência, especialmente na fronteira com o Líbano. Macron conversou com Benny Gantz, ministro israelense e membro do gabinete de guerra.

A ação militar israelense que resultou no assassinato de Saleh al-Arouri em Beirute, o vice-líder político do Hamas, gerou reações imediatas. O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, afirmou nesta terça-feira (2) que o país está "preparado para qualquer cenário" e mantém o foco na "luta contra o grupo terrorista".

O ataque com drone ocorreu no sul de Beirute, área conhecida como reduto do Hezbollah. Além de al-Arouri, outros seis membros do Hamas foram mortos. Mesmo assim, o conselheiro sênior do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Mark Regev, disse que "Israel não assumiu a responsabilidade pelo ataque".

Macron também enfatizou a urgência em conter a emergência humanitária em Gaza e ressaltou a responsabilidade de Israel na proteção dos civis. O líder francês destacou a necessidade de um esforço conjunto, incluindo parceiros regionais e internacionais, para alcançar um cessar-fogo duradouro.

Macron também salientou que é necessário "agir para obter um cessar-fogo duradouro, com a ajuda de todos os parceiros regionais e internacionais", acrescentou.

Desde o início do confronto entre Israel e o Hamas em outubro passado, as tensões aumentaram na região. Disparos contra bases americanas, as tensões na fronteira entre Israel e Líbano, Síria e Iraque, além dos ataques no Mar Vermelho, evidenciam o clima de instabilidade.

O líder do Hamas, Ismaïl Haniyeh, assegurou a resiliência do movimento.

"Um movimento cujos líderes e fundadores caem como mártires em nome da dignidade do povo e de nossa nação nunca será derrotado", afirmou Haniyeh em um discurso na TV. "Essa é a história da resistência e do movimento que, após o assassinato de seus líderes, torna-se ainda mais forte e mais determinado", declarou.

O Hezbollah, grupo armado libanês, reagiu ao ataque afirmando que o assassinato de al-Arouri não ficará sem resposta. O movimento tem realizado ataques diários a partir do sul do Líbano contra Israel, intensificando as tensões na região.

"Assassinar Saleh al-Arouri no subúrbio do sul de Beirute é uma grave agressão contra o Líbano (...) e não ficará impune ou sem resposta", disse o Hezbollah, em um comunicado. O grupo xiita libanês faz há quase três meses ataques diários contra Israel a partir do sul do Líbano.

Em meio às tensões, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, defendeu a saída em massa dos palestinos de Gaza, causando controvérsia e gerando críticas dos EUA sobre suas declarações, que consideraram "irresponsáveis".

"Os Estados Unidos são nossos amigos, mas, acima de tudo, faremos o que é bom para o Estado de Israel: incentivar a emigração de centenas de milhares de pessoas de Gaza e permitir que os residentes (israelenses) retornem às suas casas (nos limites de Gaza) e vivam em segurança, protegendo nossos soldados", escreveu Ben Gvir na rede social X, em resposta às críticas americanas.

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