Justiça autoriza silêncio de Ronaldinho Gaúcho na CPI das criptomoedas
Terça-feira, 22 de Agosto de 2023 - 05:00 | Redação
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu que o ex-jogador de futebol, Ronaldinho Gaúcho, poderá ficar em silêncio no depoimento que irá prestar nesta terça-feira (22), às 14h30, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados.
Pela decisão, Ronaldinho Gaúcho também poderá ser assistido por seu advogado e não poderá sofrer constrangimentos físicos e morais ao exercer o direito de permanecer calado.
O ex-jogador foi convocado para depor em função de negócios que possui com uma plataforma que opera com criptoativos.
O irmão do Ronaldinho, Roberto de Assis Moreira, foi convocado para depor e também poderá ficar em silêncio durante o depoimento à comissão.
A CPI investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao todo, 11 empresas teriam cometido fraudes utilizando moeda digital, como a divulgação de informações falsas e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.
SessãoA sessão de hoje da CPI tem como foco os representantes da empresa 18K, dentre eles, Ronaldinho Gaúcho, fundador e sócio-proprietário da empresa.
De acordo com o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que solicitou a convocação do jogador, a empresa afirmava estar envolvida em atividades de trading e arbitragem de criptomoedas, prometendo retornos de até 2% por dia aos seus clientes.
Essa promessa, supostamente baseada em operações com Bitcoin e moedas digitais, levantou preocupações e questionamentos sobre a sua legitimidade.
Desde 2020 a empresa suspendeu suas operações e deixou de pagar milhares de investidores que acreditam nas propostas da empresa.
Ronaldinho Gaúcho alega que teve sua imagem indevidamente utilizada e também afirma ter sido prejudicado pelo ocorrido.
No entanto, o deputado Silva relembra que, no ano de 2020, o ex-jogador se tornou réu em uma ação que visa a obtenção de R$ 300 milhões de indenização devido a prejuízos causados a investidores.
Agência Brasil