17 de Maio de 2024

87% dos rios de MS têm água de qualidade boa ou ótima, apontam análises do Imasul

Quinta-feira, 23 de Março de 2023 - 09:00 | Redação

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87% dos rios de MS têm água de qualidade boa ou ótima, apontam análises do Imasul

Análises dos laboratórios do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), feitas durante o ano passado, atestam que 74,5% das amostras de águas dos rios de Mato Grosso do Sul foram consideradas boas e 13,2% ótimas. O Imasul, órgão ambiental do Estado vinculado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), mantém desde 1994 o Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e a Rede Básica de Monitoramento da Qualidade das Águas, mecanismos que permitem acompanhar a situação dos rios e subsidiar políticas públicas e a gestão eficiente dos recursos hídricos no Estado. 

O gerente de Recursos Hídricos do Imasul, Leonardo Sampaio, explica que o monitoramento da qualidade da água com ênfase em seus múltiplos usos é uma atividade indispensável, tendo em vista a importância biológica, econômica e social da água, que por isso mesmo requer sua preservação e conservação. “Essa importância se traduz na capacidade técnica do órgão em fornecer informações que permitam o controle da degradação da qualidade das águas, como também para subsidiar a investigação tanto dos processos naturais e consequências das ações humanas no meio ambiente.”

O Programa de Monitoramento foi implantado pelo órgão ambiental em 1994 e, desde então, a Rede Básica de Monitoramento vem sendo ampliada de forma gradual, no início eram 24 estações de monitoramento e hoje somam 194, todas georreferenciadas e distribuídas de forma estratégica em 76 principais rios do Estado. Na Bacia do Rio Paraguai estão 85 estações e na Bacia do Rio Paraná, outras 109.

Nessas estações de monitoramento são analisados, em média, 40 parâmetros físicos, químicos e biológicos (qualitativos), de vazão e medição (quantitativos) que permitem traçar o perfil da qualidade das águas superficiais. Os dados constam no Relatório de Gestão dos Recursos Hídricos 2022 e resultam na qualificação das águas superficiais em cinco níveis: ótima, boa, aceitável, ruim ou péssima. As análises buscam detectar a presença de metais pesados (chumbo, cobre, cromo, mercúrio, manganês), quantidade de oxigênio dissolvido, nitrogênio, temperatura, turbidez, Ph, entre outros dados.

Durante o ano de 2022 foram analisadas 675 amostras, sendo que 89 alcançaram nível ótimo de qualidade (13,2%), 503 foram consideradas boas (74,5%), 40 se enquadraram no nível aceitável (5,9%), 31 no nível ruim (4,6%) e 12 péssimas (1,8%). “Esses números indicam que, de maneira geral, as águas superficiais no Mato Grosso do Sul permaneceram durante a maior parte do tempo nas qualidades ótima e boa”, disse o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, lembra que, desde 2013, Mato Grosso do Sul mantém termos de cooperação com a Agência Nacional de Águas para custear o Programa Nacional da Qualidade da Água (Qualiágua), o Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (Progestão), o Programa Nacional de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas (Procomitê), que visam fortalecer a gestão das águas em todo território nacional.

“Todos os anos apresentamos relatórios das ações desenvolvidas em cada programa e recebemos aprovação da ANA, que renova os convênios e dessa forma, o Imasul mantém e aperfeiçoa os mecanismos de monitoramento e gestão dos recursos hídricos”, pontuou.

Entre as atividades ajustadas nos acordos com a ANA, em 2022 foram realizadas 88 cursos de capacitação totalizando 476 participações nos eventos promovidos pelo órgão ambiental e por parceiros, nas modalidades EaD, presencial e semipresencial, para servidores do próprio instituto ou voltados ao público externo.

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