24 de Abril de 2024

Marquinhos Trad critica Bolsonaro mas brigou na Justiça para reabrir igrejas

Terça-feira, 12 de Maio de 2020 - 13:12 | Redação

imagem
Marquinhos Trad critica Bolsonaro mas brigou na Justiça para reabrir igrejas
O prefeito Marquinhos Trad demonstrou mais uma vez a sua posição contraditória diante da pandemia da Covid-19 ao criticar Bolsonaro por ter liberado o funcionamento de academais e salões de beleza, talvez esquecendo-se de que ele próprio brigou na Justiça para reabrir igrejas.

“Esses serviços são essenciais, mas parece que escola não é”, disparou, durante transmissão ao vivo nesta terça-feira, talvez se esquecendo de que brigou na Justiça para fazer valer decreto de sua autoria que liberou cultos e missas presenciais em templos e igrejas, focos de transmissão do coronavírus devido ao risco de aglomeração de fieis.

Marquinhos Trad vem sendo pressionado para reabrir as escolas, mas condiciona a sua decisão a eventual decreto do presidente Jair Bolsonaro nesse sentido, apesar de o STF já ter julgado que cabe aos Estados e municípios decidir sobre o que funciona e não funciona na vigência do estado de calamidade estabelecido por conta da pandemia

Marquinhos Trad critica Bolsonaro mas brigou na Justiça para reabrir igrejas

“O presidente não colocou escola como atividade essencial. Colocou salão de beleza para reabrir. Ele disse que ia reabrir as escolas militares, mas até agora, nada. Estamos aguardando essa decisão, que é dele ou de recomendação do ministro da Saúde. Vamos cumprir e obedecer, desde que tenha projeto de biossegurança”, disse.

Marquinhos ressaltou que as escolas particulares não vão reabrir se não apresentarem o projeto de biossegurança. “Nada vai ser de porteira aberta. Só vão voltar as aulas presenciais se for apresentado e aprovado pela prefeitura de Campo Grande esse plano de biossegurança. Caso contrário, não vamos reabrir. Não podemos deixar nenhum ponto aberto que coloque em risco a família campo-grandense”.

Igrejas podem

Ao que parece, a “segurança” da família campo-grandense só não causa preocupação ao prefeito quando se trata de igrejas. Por meio de decreto, no dia 30 de março ele liberou as missas e cultos de forma presencial ao classificar igrejas e templos como “serviços essenciais”.

Temendo aglomerações e transmissão do coronavírus em larga escala, o Ministério Público Estadual, representado pela promotora de Justiça Filomena Fluminhan, conseguiu na Justiça barrar o decreto.

Marquinhos Trad recorreu, por meio da Procuradoria Geral do Município, e o desembargador Paschoal Carmello Leandro, presidente do Tribunal de Justiça, derrubou a decisão em primeiro grau. A decisão do magistrado vai contra as recomendações da Organização Mundial de Saúde – OMS.

SIGA-NOS NO Jornal VoxMS no Google News

VoxMS - Notícia de Verdade