23 de Abril de 2024

Marquinhos Trad volta atrás e mantém toque de recolher a partir das 22h

Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2021 - 14:05 | Redação

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Marquinhos Trad volta atrás e mantém toque de recolher a partir das 22h

Depois de ter assinado decreto ampliando em uma hora a vida noturna em Campo Grande na pior fase da pandemia da Covid-19, o prefeito Marquinhos Trad voltou atrás e submeteu-se às regras de distanciamento social determinadas pelo Governo do Estado, que estabeleceu em todos os municípios toque de recolher das 22h às 5h. Norma publicada no Diário Oficial do Município de hoje e que estabelecia o horário do toque de recolher das 23h às 5h a partir de sexta-feira, 22, contrariava a determinação do Executivo Estadual e foi revogada.

A decisão de Marquinhos Trad de ampliar o período do toque de recolher foi muito mal recebida por técnicos do Governo do Estado. Na redes sociais, a receptividade foi a mesma, tendo até gente que defendeu a prisão do prefeito por causa do decreto. A matéria com informações sobre o decreto original já foi excluída do site da prefeitura. A publicação do novo decreto ainda não ocorreu.

Marquinhos Trad volta atrás e mantém toque de recolher a partir das 22h

Risco de colapso

A decisão de Marquinhos Trad de reduzir em uma hora o toque de recolher iria ocorrer justamente no pico da segunda onda de disseminação da Covid-19 em Campo Grande. Conforme demostra estudo da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP), existe o risco iminente de a Capital apresentar aumento exponencial na ocupação de leitos de UTI (Unida de Terapia Intensiva) entre esta e a próxima semana.

O caos pode se instalar e há risco de situação semelhante à da capital do Amazonas, Manaus, onde a lotação obriga que pacientes internados sejam transferidos a outros estados.

A projeção é de 9,3 mil novos casos dentro de uma semana. Se 10% desse grupo for internado, serão 930 pessoas necessitando de oxigênio e leitos. Estimativa é que Campo Grande saia dos atuais 66.686 casos e alcance 76.002 em 25 de janeiro, conforme informou ao site de notícias Campo Grande News a pesquisadora e doutoranda em Ciências da Computação Mariane Neiva, responsável pelos dados e análises relativos à Mato Grosso do Sul no site que a Faculdade mantém. Clique aqui e saiba mais.

Segundo ela, “se 10% dos casos forem hospitalizados já são cerca de 900 pessoas necessitando de auxilio hospitalar”, alerta.

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