20 de Abril de 2024

PM vai prender quem desrespeitar toque de recolher

Terça-feira, 21 de Julho de 2020 - 11:09 | Redação

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A Polícia Militar vai prender qualquer pessoa que esteja na rua sem justificativa legal durante o período do toque de recolher em Campo Grande, das 20h às 5h. Ontem, no primeiro dia da semana com as regras mais duras de isolamento social em vigor, 63 pontos comerciais foram fechados em ações que envolveram a Guarda Civil Municipal, Ministério Público Estadual e PM. No bar e restaurante Kiwi Tropical, nos altos da Avenida Afonso Pena, o dono do estabelecimento criticou a ação policial, registrada em vídeo. Clique aqui e assista.

O alerta sobre a prisão de quem se recusar a cumprir o toque de recolher foi feito pelo comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Paulo Gimenes, em entrevista ao site de notícias Campo Grande News. A ameaça foi reforçada pelo prefeito Marquinhos Trad: "chega um ponto que o copo d’água vai derramar. A prefeitura tentou conscientizar, mas chegou a um ponto que precisa de mais ações”.

A Guarda Municipal já tem encaminhado os resistentes ao toque de recolher para a delegacia. Aforça-tarefa que passou a atuar em Campo Grande desde ontem é formada por 14 policiais militares divididos em sete equipes, acompanhados por sete promotores e outras 14 equipes da GCM, que farão as rondas pelas sete regiões urbanas da cidade.

A primeira noite de “tolerância zero” no cumprimento do toque de recolher em Campo Grande, das 20h às 5h, fechou 63 comércios, interditou dois e mandou 90 pessoas para a casa nas sete regiões da cidade: Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imburussu, Lagoa, Prosa e Segredo.

Protesto

No bar e lanchonete Kiwi, clientes que ainda estavam no local às 20h foram praticamente "convidados" a se retirar com a chegada de grande aparato policial. Protesto foi registrado em vídeo por um homem identificado como Daniel, proprietário do estabelecimento. Ele filmou a presença da força-tarefa no lado de fora do restaurante e fez várias críticas à atuação dos agentes envolvidos na operação.

"Esse é o absurdo que o empresário campo-grandense está passando. Em seu estabelecimento, simplesmente, às 8 da noite, os clientes terminando de comer e aí, todo mundo, esse show aqui na frente. Policial com escopeta. Olha a humilhação do empresário campo-grandense. Pessoal engolindo comida aqui e o showzinho deles aqui. Bacana, hein? Isso porque a gente paga todos os impostos", declarou.

Na sequência, o autor da gravação interpela um homem que está numa viatura, que seria o promotor de Justiça Alexandre – o nome completo não é citado – e indaga:"Pra que isso? Tem bandido aqui?", mostrando o aparato policial em frente ao restaurante. Na sequência é travado o seguinte diálogo:

Alexandre: – Existe uma lei, existe um decreto.

Daniel – E estamos descumprindo?

Alexandre – Sim, 8 horas é o horário.

Daniel – Mas está fechado!

Alexandre – Não, mas está sendo orientado, não estamos fechando nada.

Daniel – Mas o meu questionamento não é a orientação. Meu questionamento é isso aqui (e mostra o aparato policial, com várias viaturas no local com luzes intermitentes ligadas).

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