19 de Abril de 2024

Presidente da Assomasul quer que repasse de auxílio financeiro seja com base no FPM

Terça-feira, 19 de Maio de 2020 - 05:58 | Redação

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Presidente da Assomasul quer que repasse de auxílio financeiro seja com base no FPM

Em reunião ontem do Conselho Político da CNM (Confederação Nacional de Municípios) por meio de videoconferência, o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, defendeu que a transferência do auxílio financeiro aos municípios seja feita pelo critério de distribuição do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Presidente da Assomasul quer que repasse de auxílio financeiro seja com base no FPM

A exemplo do dirigente municipalista, os gestores que participaram do encontro confirmaram o desejo de a transferência ser pelo FPM e não pelo número de casos registrados, até porque, segundo a CNM, há fragilidades no sistema de registro e isso pode gerar uma corrida desnecessária para testagem.

Durante a reunião, Caravina também falou sobre a importância de os recursos não serem carimbados, ou seja, para o uso exclusivo em ações diretas da covid-19, uma vez que virão para cobrir o prejuízo das prefeituras com a queda de suas receitas devido à pandemia.

Esses recursos são para recompor parte das perdas consideráveis que os municípios tiveram durante a pandemia, colocou o presidente da Assomasul e prefeito de Bataguassu, que tem aconselhado os colegas a adotarem contenção de gastos e a seguirem as medidas restritivas defendidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Durante a videoconferência, o presidente da CNM, GlademirAroldi, disse que a entidade trabalha para que a distribuição do apoio financeiro seja pelo FPM.

A reivindicação foi unânime entre os integrantes do Conselho Político e ganhou destaque durante o debate, que também pautou o Projeto de Lei (PLP) 39/2020, a Medida Provisória (MP) 909/2019 e Eleições 2020.

Para que os recursos cheguem aos cofres dos municípios depende ainda do presidente Jair Bolsonaro, que tem até o dia 27 de maio para sancionar a lei.

A demora na sanção presidencial atrasa os repasses de recursos aos cofres estaduais e municipais, deixando governadores e prefeitos apreensivos.

Com a demora, fica comprometida a chegada do montante aos cofres estaduais e municipais, que deveria ocorrer no último dia 15, conforme previsão inicial do Congresso.

O auxílio será de R$ 125 bilhões, valor que inclui tanto repasses diretos como suspensão de dívidas.

Os recursos têm como meta compensar as perdas de arrecadação de estados e municípios durante a calamidade pública em Saúde.

Com base em informações de especialistas, o líder municipalista alertou: "temos que nos preparar para uma situação mais preocupante ainda, pois há previsão de uma segunda e até uma terceira onda da covid-19".

Sobre a pauta do encontro, o PLP estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus e aguarda sanção presidencial; e a MP 909/2019 garante 50% dos R$ 9 bilhões da Reserva Monetária do Banco Central aos municípios para ações de combate ao vírus. O texto em debate na Câmara dos Deputados prevê a extinção do fundo.

Na presença do Conselho, Aroldi destacou as demandas dos municípios. “O presidente [Jair Bolsonaro] tem até o dia 27 de maio para sancionar o PLP, mas ainda não o fez. O que eu quero combinar com vocês é que sancionado nós vamos chamar uma live com todos os prefeitos para esclarecer os pontos desse projeto", explicou.

Para o presidente, é importante também a participação dos técnicos das prefeituras, pois tem muitos assuntos jurídicos e serem informados.

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