26 de Abril de 2024

Reunião de "conciliação" não dá em nada e juiz terá que decidir sobre lockdown

Sexta-feira, 07 de Agosto de 2020 - 13:27 | Redação

imagem
Reunião de conciliação não dá em nada e juiz terá que decidir sobre lockdown

A reunião de conciliação convocada para a tarde desta sexta-feira pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, não deu em nada e a decisão sobre o pedido de Defensoria Pública de decretação de lockdown em Campo Grande vai ter de ser mesmo decidida pelo magistrado. O resultado já era esperado e não causa nenhuma surpresa, já que ainda na terça-feira ficou claro que a questão só seria mesmo definida após o Dia dos Pais, comemorado no próximo domingo.

A reunião de "tentativa de conciliação" entre a prefeitura, Defensoria Pública, MPE, OAB/MS e representantes de comerciantes, industriais e prestadores de serviços já se apresentava inócua antes mesmo de ter sido convocada pelo magistrado, que ao invés de decidir de plano a questão, concedendo ou não a liminar requerida pela Defensoria Pública, optou por ganhar tempo e conceder prazo de 72 horas para o município se manifestar.

Reunião de "conciliação" não dá em nada e juiz terá que decidir sobre lockdown

Como o prazo encerraria-se nesta sexta-feira, ganhou-se mais um tempo com a convocação da tal "reunião de conciliação", situação que tem o condão apenas de gerar insegurança jurídica e gerar dúvidas na população, não solucionando o litígio, nem que fosse em caráter liminar. O prefeito Marquinhos Trad se livrou da responsabilidade de decidir sobre o lockdown, permaneceu com sua imagem positiva junto ao setor da produção e agora torce para que de fato o número de mortes e de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus sofra redução.

O argumento do prefeito, de que o lockdown só se justificaria se mesma medida fosse estabelecida nos outros 34 municípios de formam a macrorregião de Campo Grande, além de totalmente estapafúrdio, não tem base estatística alguma, pois a Secretaria Estadual de Saúde afirmou e reafirmou que a maior parte dos leitos de UTI em Campo Grande estão ocupados por pessoas que residem na Capital e não nos municípios do entorno. Mas Marquinhos Trad segue com a mesma cantilena, sem ruborizar-se.

SIGA-NOS NO Jornal VoxMS no Google News

VoxMS - Notícia de Verdade