28 de Março de 2024

Com 67% de casos resolvidos, MS é o segundo Estado que mais resolve homicídios

Quarta-feira, 30 de Setembro de 2020 - 04:01 | Redação

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Com 67% de casos resolvidos, MS é o segundo Estado que mais resolve homicídios

O levantamento “Onde Mora a Impunidade” divulgado pelo Instituto Sou da Paz, mostra que Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro que mais esclarece homicídios, com percentual de 67%. O primeiro é o Distrito Federal, com índice de 92%.

Os dados que constam no estudo do Instituto Sou da Paz são de 2017 e levam em consideração somente o percentual de investigações de mortes violentas que foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça.

Com 67% de casos resolvidos, MS é o segundo Estado que mais resolve homicídios

O delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, explica que os índices de esclarecimentos de Mato Grosso do Sul, que leva em consideração todos os casos registrados, são superiores a 70%, isso porque muitos homicídios continuam em apuração. “A investigação não cessa enquanto não esgotamos todas as possibilidades que levem à autoria, casos de 2, 3 e até 5 anos atrás continuam em andamento com coleta de provas e esse percentual de elucidação tende a subir”, pontua.

A estatística da Polícia Civil mostra que dos 559 casos de homicídios registrados em 2015, em 77% deles os autores foram identificados, indiciados e processados. Em 2016 foram 564 mortes violentas e 71% delas com indicação de autoria e em 2017, 73% do total dos 529 homicídios ocorridos foram esclarecidos. O percentual de elucidações de 2018 é de 71%, sendo que naquela época foram registrados 455 homicídios no Estado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios, delegado Carlos Delano, atribui o alto índice de esclarecimentos de homicídios de Mato Grosso do Sul a política permanente de capacitação dos policiais, desde o atendimento do local do crime até a forma de investigar, com novos métodos, tecnologias e respeito às leis. “Todo homicídio é prioridade para nós, independentemente do local onde ocorreu ou de quem seja a vítima, além disso nós não estamos apenas preocupados em apontar quem cometeu o crime, mas principalmente em produzir provas necessárias e suficientes para que esta pessoa seja processada e condenada”, explica.

Para o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira os fatores que colocam Mato Grosso do Sul no topo da lista dos estados que mais esclarecem homicídios, vão do trabalho de excelência desenvolvido pelos policiais, tanto militares que normalmente chegam primeiro ao local do crime, como dos civis e dos peritos criminais que são detalhistas e rigorosos nas análises que procuram reconstituir o caminho percorrido pelos indivíduos e perpassam pelos investimentos. “O Governo do Estado tem a segurança pública como prioridade, desenvolveu o MS Mais Seguro, o maior programa de investimentos da história, vem investindo pesado na formação e capacitação dos nossos policiais e em materiais e equipamentos de ponta e isso se traduz em resultados positivos como este divulgado pelo Instituto Sou da Paz, que coloca Mato Grosso do Sul em destaque nacional”.

Além de ser um dos estados que mais esclarece homicídios do Brasil, conforme o Atlas da Violência 2020, Mato Grosso do Sul é um dos estados mais seguros do país, onde houve expressiva redução de mortes nos últimos anos. Divulgado recentemente, o documento elaborado pelo Ipea (Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que os homicídios caíram 14,3% em Mato Grosso do Sul de 2017 para 2018.

O mais recente levantamento, que traz números dos assassinatos ocorridos entre 2008 e 2018, mostra que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes passou de 24,3 em 2017 para 20,8 no Mato Grosso do Sul em 2018. O Estado aparece no Atlas de 2020 com a sexta melhor taxa de mortes violentas do Brasil.

Em números absolutos, o levantamento mostra que entre 2008 e 2018, Mato Grosso do Sul apresentou uma redução de 38% nos homicídios por armas de fogo. De 2013 a 2018 a queda foi de 23,6% e entre 2017 e 2018 de 25,7%.

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