25 de Abril de 2024

Deputado Trutis é pego com arma de uso restrito e vai passar a noite na cadeia

Quinta-feira, 12 de Novembro de 2020 - 15:28 | Redação

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Deputado Trutis é pego com arma de uso restrito e vai passar a noite na cadeia

O suposto atentado que teria sofrido o deputado federal sul-matogrossense Loester Trutis (PSL) no dia 16 de fevereiro deste ano está rendendo muita dor de cabeça ao parlamentar. Nesta quinta-feira, por ordem da ministra Rosa Weiber, do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão que acabaram levando “Tio Trutis” para a cadeia pelo fato de ter sido flagrado com armamento de uso restrito das forças de segurança. A PF colocou 50 agentes nas ruas de Campo Grande e Brasília (DF) para vasculhar 10 endereços em busca de provas do “atentado” sofrido pelo deputado em fevereiro.

Trutis vai passar a noite em cela especial do Presídio Militar, em Campo Grande, no complexo penal da saída para Três Lagoas. A prisão foi durante operação da Polícia Federal, que investiga suposto atentado sofrido pelo deputado em fevereiro deste ano.

No decorrer das investigações, a Polícia Federal viu indícios de armação e o caso foi parar no STF, já que por ser deputado federal, o parlamentar tem prerrogativa de foro. Na manhã de hoje, quando a polícia cumpria os mandados de busca e apreensão, foi encontrada na casa do político arma de uso exclusivo das forças de segurança, cuja posse configura crime inafiançável.

Como a Polícia Federal não possui condições de manter o deputado em suas instalações, foi solicitada a vaga no Presídio Militar, que acabou sendo concedida. Ele poderá ser liberado a partir de amanhã se o juiz responsável entender que tem condições de responder em liberdade ao processo, que é de competência da Justiça Estadual.

Armação - Trutis é investigado em inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) como suspeito de inventar um atentado em fevereiro deste ano. Na época, declarou nas redes sociais que o carro onde viajava foi alvejado na BR-060 e que revidou com tiros de pistola .380.

De lá para cá, vinha cobrando investigações por parte da Polícia Federal. Hoje, acabou sendo alvo da “Operação Tracker”, para cumprir  10 mandados de busca e apreensão, 9 deles em Campo Grande e um em Brasília.

Outros alvos - Além dele também figuram como suspeitos o candidato a vereador Ciro Nogueira Fidelis, o primeiro-secretário do PSL Jovani  Batista da Silva e o irmão do deputado Alberto Carlos Gomes de Souza. Fidelis chegou a ter um pedido de prisão, que foi negado pela ministra Rosa Weber.

Para a ministra o deputado criou o falso atentado para se promover politicamente. “Durante as investigações, a hipótese investigatória inicial foi testada em seus limites, não tendo surgido qualquer indício de que o alegado atentado contra a vida do parlamentar pudesse ser motivado por causas pessoais, estranhas à função pública por ele exercida”, afirmou no despacho.

Nota no Facebook - “O Deputado Federal Loester Trutis e sua equipe sofreram um atentado enquanto estavam à caminho de Sidrolândia esta manhã. O carro em que estavam foi alvejado por, no mínimo, 5 disparos. O Deputado conseguiu revidar o ataque. Apesar da emboscada, todos estão bem e sem ferimentos. O Batalhão de Operações Especiais – BOPE fez a retirada do local e a Polícia Federal já está acompanhando o caso”, postou a assessoria no perfil do deputado na rede social na época do suposto atentado.

De acordo com o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, acionado pelo parlamentar após o suposto atentado, os atiradores teriam emparelhado o carro em que estava com o do deputado e efetuaram os disparos. Os furos de bala estão na lataria do Corolla em que viajava o deputado.

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