Três militares são suspeitos de furto de metralhadoras, diz Exército
Segunda-feira, 23 de Outubro de 2023 - 11:30 | Redação
O Comando Militar do Sudeste confirmou que 20 militares estão respondendo a um procedimento disciplinar e pelo menos três são suspeitos de estarem envolvidos no sumiço das 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra, em Barueri, na Grande São Paulo.
Já foram recuperadas 17 armas pela polícia: oito no Rio de Janeiro e nove em um local próximo a São Roque, no interior do estado.
O processo disciplinar pretende apurar a responsabilidade dos militares por infração no exercício de suas atribuições. De acordo com a última atualização do Comando Militar Sudeste, o Exército ainda mantém 40 militares aquartelados para investigações, sem previsão de liberação.
Metralhadoras
O sumiço das 21 metralhadoras foi notado após uma inspeção realizada na terça-feira (10). Treze metralhadoras são de calibre 50, capazes de derrubar aviões, e outras oito de calibre 7.62 mm.
O Exército chegou a manter 500 militares aquartelados para averiguar e encontrar pistas sobre o furto, como registros digitais de veículos e pessoas nas vias próximas e de acesso ao local do crime.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) acionou o programa Muralha Paulista, que unifica centrais de inteligência e base de dados das polícias em 643 cidades do estado, em que câmeras e radares se interligam, permitindo que movimentações possivelmente relacionadas ao sumiço do armamento sejam detectadas e investigadas.
Armas recuperadas
Foram apreendidas quatro das 13 metralhadoras calibre 50 que haviam desaparecido. A Polícia Civil do Rio recuperou também quatro das oito metralhadoras 7.62 que tinham sido furtadas.
Segundo a polícia, as metralhadoras foram adquiridas pela cúpula de uma facção criminosa que está promovendo uma disputa territorial na zona oeste do Rio.
As informações de inteligência detectaram que o armamento estava sendo deslocado da Rocinha para a Gardênia.
Na noite de sexta-feira (20), a Polícia Civil de São Paulo encontrou nove metralhadoras em um terreno coberto por lama, próximo a São Roque, na região metropolitana de Sorocaba. Cinco metralhadoras são calibre 50 e quatro fuzis 7.62.
O delegado Marcelo Prado e a equipe do 1° Distrito Policial de Carapicuíba tinham recebido a informação de que o armamento seria entregue a integrantes de uma facção criminosa.
A equipe foi recebida com disparos de arma de fogo pelos suspeitos, segundo a polícia. Os criminosos conseguiram fugir.