19 de Abril de 2024

Flávio e Carlos Bolsonaro usaram dinheiro vivo para pagar dívida

Sexta-feira, 12 de Junho de 2020 - 14:47 | Redação

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Flávio e Carlos Bolsonaro usaram dinheiro vivo para pagar dívida

O senador Flávio  e o vereador Carlos Bolsonaro  (Republicanos-RJ), ambos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pagaram R$ 31 mil em dinheiro vivo a uma corretora de valores para cobrir prejuízos que eles tiveram em investimentos na Bolsa de Valores.

A movimentação financeira feita em espécie ocorreu em maio de 2009, o mesmo período em que Flávio é investigado por suposta prática de "rachadinha" quando ele ainda era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Esse tipo de prática consiste na transferência de parte dos salários dos funcionários de um gabinete de volta para a conta do parlamentar para o qual eles trabalham. No caso de Flávio, a investigação está sendo realizada no âmbito da Operação Furna da Onça deflagrada pela Polícia Federal (PF).

No mês passado,  o empresário Paulo Marinho acusou Flávio de ter recebido informações privilegiadas de um delegado da PF que antecipou a ele que seria realizada uma fase da operação que teria ele como alvo.

Além do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos também é alvo de investigações da Ministério Público (MP), ma por suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara Municipal do Rio.

O uso de dinheiro vivo foi relatado pelos dois filhos de Bolsonaro à Justiça de São Paulo em processos que moveram contra o Citigroup. Esse foi o banco que comprou a Intra, corretora que originalmente negociou com Flávio e Carlos.

Os dois acusam um operador da corretora de realizar investimentos em desacordo com suas orientações, mas ambos perderam a ação em primeira instância.

De acordo com as investigações, o pagamento em dinheiro vivo cobriu prejuízo de um investimento iniciado em 2007. Carlos declarou ter repassado R$ 130 mil à Intra, e Flávio, R$ 90 mil.

Após a crise financeira que atingiu a Bolsa em 2008, no entanto, os dois foram informados que tinham um débito de R$ 15,5 mil cada em razão das perdas. Foi essa quantia que eles quitaram em dinheiro.

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