29 de Março de 2024

Levantamento aponta duas potenciais candidatas laranjas no MS

Sábado, 16 de Fevereiro de 2019 - 07:39 | Redação

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Levantamento aponta duas potenciais candidatas laranjas no MS

Ao menos 53 candidatos receberam mais de R$ 100 mil em verbas públicas para financiar suas campanhas, mas acabaram saindo das eleições de 2018 com menos de 1 mil votos, o que indica que as candidaturas podem ser laranjas. Entre os 14 partidos envolvidos, os que mais tiveram candidaturas suspeitas foram Pros, PRB, MDB, PSD e PR.

O levantamento foi feito pelo jornal Folha de S. Paulo, que cruzou os dados da Justiça Eleitoral e descobriu 53 potenciais candidaturas laranjas. Candidatos com votações mínimas receberam ao menos R$ 15 milhões em verbas públicas dos fundos partidário e eleitoral.

Situação local - Em Mato Grosso do Sul, duas candidatas aparecem como potenciais laranjas. São elas Gilsy Arce (PRB) e Tatiane de Mateira (Pros), que concorreram ao mandato de deputada estadual.

A servidora pública Gilsienny Arce Munhoz, a Gilsy Arce, é do PRB, partido da Igreja Universal do Reino de Deus e presidido pelo pastor Wilton Melo Acosta. Ela recebeu mais de R$ 761 mil do partido e obteve apenas 491 votos.

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O único deputado estadual eleito pela sigla, Antonio Vaz, gastou R$ 328 mil. Desse total, recebeu do partido R$ 264 mil e obteve 16.224 votos.

Outra suposta laranja é Tatiane de Mateira (PROS), que recebeu R$ 150 mil, mas conquistou apenas 96 votos.

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Mulheres - Dos 53 envolvidos no suposto laranjal, 49 eram mulheres. A lei eleitoral obriga que pelo menos 30% das verbas de campanha sejam destinadas a candidaturas femininas, o que reforça as suspeitas de que os partidos tenham colocado candidatas de fachada para atingir a cota.

No Pros, 13 candidatas receberam mais de R$ 100 mil e tiveram menos de 1 mil votos. A apuração indica que, para quatro delas, os recursos foram disponibilizados pelo diretório nacional do PT, partido aliado do Pros.

Nesta semana, o PSL se envolveu se envolveu em uma crise por conta de supostas candidaturas laranjas em Minas Gerais e Pernambuco, que tiveram verbas públicas repassadas autorizadas por Gustavo Bebbiano, atual ministro da secretaria-geral da presidência e que presidia o partido durante as eleições. Ele deve ser exonerado do cargo na segunda-feira. A Polícia Federal já abriu investigações sobre as suspeitas.

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