28 de Abril de 2024

Governo deve lançar aplicativo para bloquear celular roubado

Domingo, 17 de Dezembro de 2023 - 08:30 | Redação

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Governo deve lançar aplicativo para bloquear celular roubado

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, afirmou neste sábado (16) que o governo federal vai lançar um aplicativo para bloquear celular roubado ou furtado no país.

“Vamos lançar na próxima terça-feira (19) uma iniciativa que transformará os celulares roubados num pedaço de metal inútil. Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações], para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos”, disse Cappelli em uma rede social.

Números alarmantes

Há uma epidemia de roubos e furtos de celulares que se agrava cada vez mais no Brasil. O país registrou 508,3 mil roubos e 490,8 mil furtos de celulares no ano passado, totalizando quase 1 milhão de ocorrências. Isso significa um aumento de 16,6% na comparação com 2021.

As informações constam no 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no mês passado. Como a pesquisa só leva em consideração dados oficiais registrados pelas secretarias estaduais de segurança pública, podemos considerar que o número real seja maior.

São Paulo foi o “líder” neste infame registro e teve 346,5 mil casos de roubo ou furto de smartphones, um aumento de 19% na comparação com 2021. Neste cenário preocupante, o trabalho para tentar conter essa onda de criminalidade também deve ser feito pelas fabricantes, como admite um executivo do setor.

Dados dos aparelhos

Muitas pessoas encaram o interesse de criminosos por celulares como uma mostra de que os hardwares são extremamente valiosos.

Na verdade, o que investigações policiais sugerem é que o que importa mesmo para os bandidos são os dados que estão no celular.

Em posse de smartphones desbloqueados, os ladrões utilizam as informações das vítimas para criar contas em bancos, falsificar documentos e realizar outros crimes financeiros. Quando bem-sucedidas, estas ações rendem muito mais dinheiro do que a revenda das peças e dos celulares em si.

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