Conheça as diferenças entre a dengue clássica e hemorrágica
1, novembro 2023 .
19:04

Conheça as diferenças entre a dengue clássica e hemorrágica

Aprenda a diferenciar os sintomas e a importância vital da vacina no combate à doença no Brasil

A dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua sendo preocupação crescente no Brasil. Com o aumento dos casos, é fundamental conhecer e saber diferenciar as duas formas principais da doença: a clássica e a hemorrágica.

Além disso, é essencial entender a importância vital da vacinação como ferramenta eficaz no combate e na prevenção dessas formas graves da doença.

Prostração e dores no corpo são alguns dos sintomas da dengue
Prostração e dores no corpo são alguns dos sintomas da dengue (Divulgação)

Os diretores da Salus Imunizações, a médica Marcela Rodrigues e o médico Marco César Roque, explicam que a dengue clássica é a forma menos severa da doença e apresenta sintomas como febre alta, dores de cabeça intensas, dores musculares e nas articulações, fadiga e erupção cutânea.

Embora desconfortáveis, esses sinais são geralmente tratáveis e a recuperação ocorre em aproximadamente duas semanas. No entanto, a dengue hemorrágica é uma condição mais grave e requer atenção médica imediata.

Os sintomas iniciais da dengue hemorrágica são semelhantes aos da forma clássica, mas à medida que a doença progride, podem ocorrer complicações graves.

Os pacientes podem apresentar sangramento nasal ou gengival, manchas roxas na pele, sangramento gastrointestinal e até mesmo sangramento interno, que pode levar a danos nos órgãos e, em casos extremos, à morte.

Reconhecer prontamente esses sinais de agravamento é crucial para buscar atendimento médico e iniciar o tratamento adequado.

No entanto, há uma arma poderosa na luta contra a dengue: a vacinação. “A vacina contra a dengue foi desenvolvida para fornecer proteção contra os quatro sorotipos do vírus da doença. Isso é vital, pois a infecção por um sorotipo não confere imunidade duradoura contra os outros, podendo levar a casos mais graves em infecções subsequentes por sorotipos diferentes”, destaca Marcela Rodrigues.

A vacinação em larga escala desempenha papel crucial na redução da incidência de dengue e na prevenção de casos graves.

Além de proteger o indivíduo, a vacina também contribui para a imunidade de rebanho, protegendo aqueles que não podem ser vacinados, como crianças pequenas e pessoas com condições médicas específicas.

Com menos pessoas infectadas, a transmissão do vírus é interrompida e a disseminação da doença é reduzida, impactando positivamente a comunidade como um todo.

“A vacinação contra a dengue não apenas previne as formas graves da doença, mas também evita hospitalizações e complicações graves, reduzindo o risco de desenvolver a forma hemorrágica. Estudos clínicos comprovam sua eficácia e segurança, fornecendo respaldo sólido para sua utilização como estratégia de combate à dengue”, explica Marco César Roque.

“Além disso, é essencial destacar a importância das medidas preventivas no controle da dengue, como a eliminação de criadouros de mosquitos, o uso de repelentes e a adoção de telas nas janelas. Combinar essas medidas com a vacinação é o caminho mais eficaz para enfrentar a ameaça crescente da dengue no Brasil”, ressalta Marcela Rodrigues.

Caso sejam identificados os sinais de alerta que podem indicar o agravamento da doença, é recomendável que se busque atendimento médico imediatamente, se necessário. E, acima de tudo, não subestimar o poder da vacinação na prevenção e redução dos casos de dengue.