24 de Abril de 2024

Riscos de AVC aumentam com temperaturas mais baixas no outono e inverno

Quarta-feira, 20 de Abril de 2022 - 03:08 | Redação

imagem
Riscos de AVC aumentam com temperaturas mais baixas no outono e inverno

Neste período do ano em que as temperaturas são mais frias, especialmente no outono e inverno, cresce o número de pacientes que apresentam casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e suas variações, como AVC isquêmico e o hemorrágico.

De acordo com Feres Chaddad, neurocirurgião da Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde do país e referência no mundo na realização de neurocirurgias, isso ocorre porque a pressão corpórea sofre um aumento natural no frio para o organismo manter a homeostasia - quando os vasos da pele se contraem para evitar a perda de calor.

“Este processo deixa as pessoas com aspecto tipicamente pálido. No verão, ocorre o contrário. O indivíduo tem vasodilatação periférica para perder calor para manter a temperatura corpórea. Isso que faz a pessoa ficar com rubor ou vermelhidão, típicos de épocas mais quentes”, explica.

De acordo com estudos internacionais, o risco de homens serem acometidos por AVC isquêmico aumenta 12% nesta época do ano, contra 11% nas mulheres. Já o AVC hemorrágico aumenta em 28% as chances dos homens sofrerem com o problema. As mulheres aumentam sua probabilidade em 33%.

Covid-19

A pandemia de Covid-19 também contribuiu para o aumento das doenças vasculares cerebrais. Dentre as principais, o médico Feres destaca o AVC isquêmico, a trombose venosa cerebral e rupturas de aneurismas. “Podemos observar nessas doenças alterações no fluxo sanguíneo cerebral que podem ou não cursar com sangramentos e evoluir para quadros graves”, analisa o neurocirurgião.

Na Beneficência Portuguesa, que foi a primeira colocada no ranking da revista Newsweek em 2021, um dos veículos de imprensa mais conceituados do mundo, como a melhor instituição brasileira para cirurgias neurológicas, o número procedimentos realizados nos últimos três anos ultrapassou a marca de 4.600. Só em 2021, foram contabilizados 1.807, um aumento de quase 20% ante 1.508 do período pré-pandemia.

Referência em neurocirurgia

Hoje a Beneficência Portuguesa se destaca como uma das principais instituições no tratamento destas doenças porque dispõe de procedimentos de ponta, conta com UTI neurológica e maquinário avançado, como o aparelho para tratamento endovascular, neuroendoscopia e radiocirurgia, e a microcirurgia cerebral realizada com um dos melhores microscópios do mundo.

“Com ele é possível visualizar a imagem em 3D e injetar indocianina para o controle do ato cirúrgico, além de visualização dos vasos cerebrais”, explica.

Não são todos os casos de AVC que precisam de cirurgia. O caminho para buscar o tratamento adequado passa pelo neurologista clínico que, ao constatar qualquer problema passível de cirurgia, faz o encaminhamento para o neurocirurgião.

SIGA-NOS NO Jornal VoxMS no Google News

VoxMS - Notícia de Verdade