26 de Abril de 2024

Moradores do prédio que desabou em SP pagavam aluguel

Quarta-feira, 02 de Maio de 2018 - 05:05 | Redação

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Moradores do prédio que desabou em SP pagavam aluguel

Os moradores do prédio que desabou depois de um incêndio no Largo da Paissandu, no Centro de São Paulo, afirmaram que pagavam aluguel para viver no edifício ocupado. Eles relatam que os valores variavam de R$ 150 a R$ 400 e eram entregues a duas pessoas identificadas como coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM).

Moradores do prédio que desabou em SP pagavam aluguel

Ainda segundo os moradores, ambos sumiram assim que o fogo começou. A reportagem do jornal O Globo conta que uma testemunha afirmou que os responsáveis por recolher o aluguel moravam no térreo do edifício Wilton Paes de Almeida e foram os primeiros a fugir de carro, que ficava na garagem, assim que o fogo começou.

Quem morava no local também ressalta que as regras eram bastante rígidas, o fornecimento de água, por exemplo, só era liberado de madrugada, e os portões eram trancados pontualmente às 19h.

Para controlar o pagamento mensal, os moradores recebiam uma carteirinha de identificação. Ninguém morava de graça. Mesmo tratando-se de uma ocupação irregular, os “inquilinos” que não cumpriam as regras, atrasavam ou não pagavam o aluguel eram expulsos.

Moradores do prédio que desabou em SP pagavam aluguel

Eles contam que as condições do prédio eram degradantes. Além de não haver esgoto, a presença de ratos era constante.

O incêndio - Dois prédios foram tomados por um incêndio de grandes proporções na capital paulista na primeira hora do dia de ontem. Um deles desabou por volta das 2h50. Os dois edifícios estão localizados na esquina da avenida Rio Branco com a rua Antônio de Godói, no Largo do Paissandu, centro velho da cidade.

O incêndio começou no quinto andar do prédio, conforme relatos de vizinhos. O fogo logo tomou grandes proporções, resultando no desabamento da edificação.

O prédio de 24 andares era uma antiga instalação da Polícia Federal e era ocupada por moradores sem-teto, em torno de 150 famílias, há alguns anos.

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