11 de Maio de 2024

Carne tem maior queda de preço em cinco anos

Segunda-feira, 04 de Setembro de 2023 - 04:32 | Redação

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Carne tem maior queda de preço em cinco anos

Com a maior queda de preço em cinco anos, desde 2018, a carne bovina volta a ser mais consumida pelos brasileiros em 2023. De acordo com projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a disponibilidade per capita da proteína deve chegar a 30,4 quilos por habitante neste ano, após cinco anos de queda.

Carne tem maior queda de preço em cinco anos

A alta, de 8,1% em relação a 2022, retoma o volume do período pré-pandemia. As informações são do R7.

De janeiro a julho deste ano, o preço da carne bovina já caiu 9,36%, acumulando a maior retração dos últimos cinco anos, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O índice avalia o custo de vida das famílias paulistanas, mas coincide com o resultado da inflação oficial do país. No IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de julho, o recuo no preço da carne acumula 8,54% em 12 meses e 7,90% no ano.

No acumulado deste ano, os preços que mais diminuíram foram o da alcatra (-11,50%), do filé-mignon (-10,17%), do contrafilé (-10,17%), do acém (8,49%) e da picanha (-7,88%), que registraram os maiores recuos nos primeiros seis meses de 2023.

Além da queda de preços, o aumento da produção e a ligeira queda nas exportações tiveram reflexos no consumo do brasileiro.

“O aumento na quantidade de carnes produzidas no país é um dos fatores que sustentam a tendência de queda nos preços ao consumidor. Muito da deflação registrada vem da carne, que está mais barata para o consumidor”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto, em nota.

Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros, a bovina, a suína e a de frango, o consumo per capita atingirá 100,2 quilos por habitante ao ano — o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013.

A produção desses três tipos de carne no Brasil está estimada em aproximadamente 29,6 milhões de toneladas. Se a projeção for confirmada, esse será o maior nível da série histórica considerando aves, suínos e bovinos. “As vendas externas têm crescido, ao mesmo tempo em que há uma redução na dependência do mercado chinês, o que demonstra que o Brasil tem conquistado novos mercados", avalia o gerente de fibras e alimentos básicos da Conab, Gabriel Rabello, em nota. A arroba do boi gordo atingiu em agosto a menor média de preço em cinco anos, retornando ao período pré-pandemia. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, no estado de São Paulo, a arroba registrou média de R$ 222,32 no mês (até o dia 29), com queda de 11,4% ante o mês anterior e de 24% em relação a agosto de 2022. Consumidor Apesar da queda, os consumidores ainda enfrentam preços altos. O Instituto de Economia Agrícola, do governo de São Paulo, mostra que o quilo do acém em julho custava R$ 31,02 em média; o do músculo, R$ 30,89; o da capa de filé, R$ 33,89; o do coxão mole, R$ 41,05; o do filé-mignon, R$ 74,25; e o da picanha, R$ 68,48. Para a recepcionista Franciele dos Santos, que mora em São Paulo, o preço nos supermercados e açougues melhorou, mas ainda está alto. "Nos últimos anos, com o aumento dos preços e da inflação, troquei a carne por outras proteínas mais baratas", afirmou. Ela também disse que aproveitou o momento para reduzir o consumo do alimento e utilizar mais verduras e legumes nas refeições. Mas, nos últimos meses, a recepcionista tem comprado mais a proteína. "A gente está conseguindo comprar de novo", acrescenta.

A queda do preço

De janeiro a julho de 2023, em %: • carnes em geral: -7,90; • fígado: -7,72; • cupim: -3,44; • contrafilé: -10,17; • filé-mignon: -10,17; • alcatra: -11,50; • patinho: -7,63; • lagarto redondo: -7,90; • lagarto comum: -6,08; • músculo: -5,85; • pá: -8,22; • acém: -8,49; • peito: -7,74; • capa de filé: -6,96; • costela: -7,44; e • picanha: -7,88. Fonte: IPCA de julho

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