Marquinhos Trad não consegue finalizar reforma do Parque do Sóter

Iniciadas em dezembro de 2019, as obras de revitalização do Parque do Sóter, na região Norte da Capital, continuam empacadas. O complexo está hoje com aspecto de abandono, principalmente por causa do mato alto de toma conta das instalações, e ainda em função de portões destruídos e constante falta de energia elétrica em seu entorno. Para a população resta a indagação: de que forma o prefeito Marquinhos Trad quer governar o Estado, se não consegue nem mesmo reformar um parque?

Inaugurado em 2004 e projetado como parque modelo, o Sóter dispõe de área verde com 22 hectares, quadras poliesportivas, pista de skate, área de caminhada, academia ao ar livre, campo de futebol, salas de pilates e judô, parque infantil e pista de ciclismo, além de ser o primeiro parque da Capital liberado para a população caminhar com seus cães.

Hoje, o local é o retrato do abandono. O prefeito Marquinhos Trad e sua equipe tentam desde dezembro de 2019 revitalizar o espaço, sob a coordenação das empresas LT construções e MDP construções. O total do investimento ficou em R$ 850 mil, sendo recursos próprios e do Finisa. A homolgação da licitação aconteceu em agosto de 2019, mas no meio do caminho a empreiteira contratada alegou desequilíbrio contratual e pediu reajuste da planilha.

Ajudinha amiga

Como ocorre em diversas obras em Campo Grande, também no caso do Parque do Sóter Marquinhos Trad teve que pedir socorro ao governo do Estado, que por meio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) cedeu egressos do sistema para trabalhar na recuperação e pintura do gradil que circunda o complexo. Aliás, essa é a única parte da obra já concluída, a custo zero para a prefeitura.

Hoje, aparentemente o madeiramento em dois dos três acessos ao parque está em fase de conclusão. No entanto, em um deles o portão de metal foi totalmente destruído, o que permite o acesso de vândalos ao complexo, fora do horário de funcionamento do Sóter, que corre o risco de sofrer novas depredações.

No interior do parque, várias árvores que caíram com a tempestade do dia 15 de outubro permanecem intocadas. Outra, que caiu em 2020 e cuja base não foi retirada, já está brotando, viçosa, e suas raízes estão danificando a pista de ciclismo.

A esse quadro de abandono soma-se o mato alto que toma conta de todas as instalações e calçamento em desnível com vários trechos danificados junto aos gradis. Além disso, é comum as luminárias no entorno do complexo estarem desligadas no período noturno, o que afugenta as pessoas interessadas em fazer caminhadas ou outras atividade desportivas e de lazer no local.

Exemplo

Além de buscar socorro ao governo do Estado, o prefeito Marquinhos Trad deveria seguir o exemplo dos que o ajudam. No caso do Sóter, ele poderia se espelhar na gestão do Parque das Nações Indígenas para cuidar do patrimônio público que está sob a sua responsabilidade. É o mínimo que se espera de quem se arvora querer ser governador do Estado.

Se não consegue revitalizar um único parque, de 22 hectares, com certeza não tem a mínima condição de administrar o Estado. Nem as obras do Reviva Centro ele provavelmente vai dar conta de acabar até o final do ano, o que poderá levar os comerciantes da área central a amargar mais um Natal com baixo movimento de vendas.

Mas, como sempre, resta ao prefeito novamente pedir socorro ao governo estadual. E não será surpresa, pois será apenas o Marquinhos sendo o Marquinhos.